verdadeiro amor




Não existe nada para apagar a memória. Nem a memória, nem a dor, nem a saudade, nem o amor que se torna tão inconveniente nestas situações. Sobrevivemos a achar piada ao facto de adormecermos a pensar que nunca vamos conseguir acordar e a perceber que pensamos isso todas as noites. 
São os amigos que vão servindo de lenços para as nossas lágrimas cheias de sofrimento, de carregadores para as nossas baterias. São aqueles irmãos de outro sangue que nos abraçam o corpo e nos saram o coração, cheios daquela cumplicidade que só o tempo lhes atribui. Nestas alturas não olhamos à volta, não procuramos saber se o conforto e a segurança são para sempre ou apenas fruto do momento. Deixamos apenas que nos abracem para deixarmos correr as nossas lágrimas à vontade. Perdemos a vergonha de chorar em frente a todos, deixamos de acreditar no mundo e nos outros porque temos o coração ferido e porque tudo o que precisamos é amor. Não precisamos de saber de onde é que vem, só precisamos de sentir que é verdadeiro. 
O verdadeiro amor está aqui. Está nos pequenos gestos que para as outras pessoas não significam nada, mas que acabam por nos confortar e aquecer o coração. Está nos pequenos gestos das pessoas que nós sabemos que nunca nos deixam fazem para nos sentirmos bem. O verdadeiro amor, vem daqueles que nunca duvidam de nós, que nos criticam e que nos ensinam, sem nunca nos largar a mão. O amor verdadeiro, vem daqueles que fazem com que o tempo de que necessitamos para ficarmos a 100%, seja o menos difícil e menos indolor possível. 
A todos eles, dou o meu coração.

2 comentários:

karina disse...

tão lindo, isto é tão verdadeiro, tão puro.
era exactamente este texto que eu hoje precisava de ler.

Ana Rita disse...

tão verdade! amei :D