na vida invertem-se papéis

Esta é uma história apenas entre duas pessoas. Dois jovens. Os seus caminhos cruzaram-se ao acaso, sem razão aparente. Com o passar do tempo cresceu amizade, algum carinho e, ao que tudo parecia, confiança. Pareciam lutar os dois pela mesma causa: ficar juntos. Ele era o típico rapaz que leva segundos a apaixonar-se. Ela era a típica rapariga que sonhava com o amor da sua vida. Ele não pensava em nada: dizia, fazia e pronto. Ela pensava sempre muito bem nos passos que queria dar. Ele achava-a parecida a uma ex-namorada. Ela pensava que ele era diferente de todos os outros e que nunca se iria desiludir.
Construíram uma história. Riram, choraram, gritaram. Passaram bons momentos juntos. Apoiaram-se. Prometeram um ao outro que nunca se iam deixar.
Até que chegou o derradeiro momento. Para ele gostar ou não gostar dela, estar ou não estar com ela era igual. Ela, aos poucos e poucos, fartava-se. Ela dizia-lhe que tinha saudades dele, tentava resolver as coisas, mudava de atitudes. Ele não quis saber, nunca cedeu a nada. Entre lágrimas, puseram fim a uma história que afinal nem um começo tinha.
Os papéis inverteram-se: enquanto que ele passa na rua, olha para ela e esboça um sorriso, ela simplesmente desvia o olhar. Enquanto ele se lembra todos os dias do cheiro do cabelo dela e das coisas bonitas que ela lhe dizia ao ouvido, ela só pensa em esquecê-lo.


Eu fiquei fraca mas nunca desisti. Também sofri, mas sobrevivi. Ele? Não sei. E mesmo agora, depois de todas as lições que aprendi, de todas as desilusões e todos os erros cometidos, continuo a acreditar em rapazes perfeitos, que não enganam e não mentem; que sentem e que fazem sentir.  

1 comentário:

Ana Rita disse...

como eu te percebo. está perfeito o texto! vá, força, a vida é sempre para a frente :)